SER PÁROCO
Mais um mês estamos aqui reunidos para rezar e fazer uma pequena homenagem ao nosso
querido Sacerdote e Pároco Cônego Humberto Lauand. Vou ler um trecho do livro "O Pequeno
Principe" de Saint Exupery, peço que todos prestem atenção, para entenderem a relação entre
esta historia e a mensagem de hoje.
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe: -
Por favor... cativa-me! disse ela. -
Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a
descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais
tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem
lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim,
assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma
fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro
da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me
sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da
felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...
É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja
diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo,
possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia
maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam
todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te
cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer
adeus, e eu te farei presente
de um segredo.
Foi o
principezinho rever as rosas:
Assim também é o sacerdote que é pároco. Ele chega para
ser o pai e pastor de toda uma comunidade. Precisa ser um bom administrador em todas as diversas dimensões da sua comunidade, seja espiritual, seja social, econômica e ou até mesmo
política. O rebanho vai se achegando e cada ovelha vai apresentando
suas características e suas diferentes necessidades. Uma se empenha demasiadamente em suas solicitudes, precisa mostrar todo o seu empenho em
colaborar com o padre, uma outra um pouco mais delicada, precisa de um pouco
mais de atenção, pois só se sentirá amada por Deus, a
medida que o próprio sacerdote acolhe-la, como fez Jesus O Bom Pastor.
O poder do sacerdote não é humano; com certeza é a própria
força de Cristo Ressuscitado. Ele tem de ser o homem da esperança, não pode
desistir de salvar, deve ter sempre em conta a relação da beleza da vida e a
vida vivida plenamente. Mas por si próprio, o coração solidário e missionário
de um sacerdote, vai conhecendo e amando a cada uma de suas ovelhas, mesmo com
as mais impossíveis diferenças.
Muitas vezes o pároco, será obrigado a agir de um modo
mais austero, mas será sempre o amigo de todos, pois a identidade de um
sacerdote, está no ministério do Amor de Deus, revelado em Cristo e confirmado pelo Espírito Santo. A força
sacerdotal, imprimida no homem, está sempre lutando contra o pecado e não
desiste nunca desta batalha, pois ele acredita sempre no triunfo da Vida e com
a constância da sua esperança, comunica a Vida, àqueles que dela já desistiram.
Com tudo isto, nós da Paróquia Nossa Senhora do Carmo,
temos o privilégio e a alegria de termos este grande e terno Sacerdote e Pároco
Cônego Humberto Lauand, há quase 25 anos aqui em
nossa comunidade.
Padre Lauand, assim como o
principezinho de Saint Exupery,
o senhor nos cativou e se nos cativou, o senhor será
sempre nosso querido amigo. Padre Lauand tenha a
certeza que a tua rosa, é realmente a única do mundo e se um dia tivermos que
chorar por causa da cor do trigo, ainda assim teremos lucrado muito por causa
da sua rosa ..........
Um beijo de cada um de nós em seu coração.
Nós da Pastoral Vocacional convidamos toda a Comunidade
Paroquial e amigos do Padre
Lauand, para a Missa que
celebraremos todas 1ªs quartas-feiras do mês, em sua homenagem e num processo
de preparação para a Festa Jubilar do dia 08/12/2011. Convidamos também para o
terço dos sacerdotes todas as terças-feiras à 18h30min Roguemos a Deus, que
abençoe este nosso sacerdote e que Maria Mãe e Rainha dos Apóstolos, rogue pela sua vida e pela sua santidade, mantendo-o na Luz
de Cristo, o Bom Pastor.